Bioquímica

12 de outubro de 2016

Sinonimia: Xilosemia. Material: Plasma fluoretado. Volume mínimo: 0,5 mL. Colheita, conservação: Colhe-se sangue fluoretado 60 minutos após a ingestão da D-xilose. Refrigerar o plasma após a separação Preparo do paciente: Jejum de 3 a 4 horas para crianças e 8 horas para adultos. Administra-se, por via oral, D-xilose em solução aquosa a 10%, 0,5 g/kg de peso corporal. Dose máxima: 25 g. Método: Colorimétrico, de Goodwin. Interferentes: AAS, colchicina, digital, indometacina, kanamicina, ácido nalidíxico, fenformin, neomicina, atropina, inibidores da MAO, ouro. Valores normais: Valores acima de 20 mg/dL para crianças até 6 meses ou acima de 25 mg/dL para crianças com mais de 6 meses e adultos indicam boa absorção intestinal. Interpretação: O teste é útil no diagnóstico diferencial das síndromes de má absorção intestinal. A D-Xilose é um açúcar cuja absorção depende somente da integridade da parede intestinal; resultados alterados vão ser encontrados, portanto, naquelas patologias que cursam com lesão da mucosa intestinal. Exames relacionados: Provas de absorção da lactose e de triglicérides e dosagem ou pesquisa de gorduras fecais.

Sinonímia: Prova de tolerância à lactose, teste para deficiência de dissacaridase.
Material: Plasma fluoretado. Volume mínimo 0,5 mL.
Colheita, conservação: Colher sangue em jejum, 15, 30, 60 e 90 minutos após a administração da lactose Separar o plasma logo após a colheita. Se o exame não for realizado no mesmo dia congelar as amostras.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas em crianças e de 8 horas em adultos. Administra-se lactose por via oral, na dose de 2g/kg de peso corporal até a dose máxima de 50g.
Método: Dosagem de glicose por método enzimático, automatizado.
Interferentes: Etanol pode impedir a conversão hepática de lactose a glicose.
Valores normais:Elevação de 20 a 25mg/dL na glicemia, após administração da lactose.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico de deficiência de lactase. Uma curva plana, com aumento na glicemia inferior a 20mg/dl, ocorre em 95-100% dos pacientes com deficiência de lactase. Contudo resultados falso-positivos ou falso-negativos podem ocorrer.
Exames relacionados: Absorção de triglicérides, absorção da D-xilose, dosagem/pesquisa de gordura fecal.

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Sinonímia: Prova de tolerância à sacarose
Material: Plasma fluoretado. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: O sangue é colhido em jejum, 15, 30, 60 e 90 minutos após a ingestão de sacarose Separar o plasma logo após a colheita. Se o exame não for realizado no mesmo dia congelar as amostras.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas para crianças e 8 horas para adultos. A sacarose é administrada por via oral na dose de 2g/kg de peso corporal, com dose máxima de 50g.
Método: Dosagem de glicose por método enzimático, automatizado.
Interferentes: -
Valores normais: Elevação de 20 a 25 mg/dL na glicemia, após a administração da sacarose.
Interpretação: Uma curva plana, com elevação da glicemia inferior a 20 mg/dL com relação ao valor basal, é indicativa de deficiência da dissacaridase específica.
Exames relacionados: Absorção da D-xilose, absorção de triglicérides, dosagem/pesquisa de gordura fecal.

Sinonímia: Absorção de gorduras ou de margarina.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, congelar as amostras.
Preparo do paciente: Jejum de 8 horas para adultos e de 4 horas para crianças.
Método: Determinação de triglicérides por método enzimático automatizado. São colhidas amostras de sangue em jejum, 2 e 4 horas após a administração de margarina, 2 g/Kg de peso corporal.
Interferentes: -
Valores normais: É considerada normal a elevação dos triglicérides pelo menos 50% acima do nível de jejum, na 2. ou 4. hora.
Interpretação: Resultados anormais são encontrados quando existe má digestão e/ou má absorção de gorduras.
Exames relacionados: Provas de absorção da D-xilose, lactose, dosagem ou pesquisa de gordura fecal.

Sinonímia: Teste de sobrecarga com cloreto de amônio.
Material: Urina. Volume mínimo: 3 ml. Sangue total. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Colher urina antes da administração de cloreto de amônio e após 60, 120, 180, 240 e 300 minutos. As amostras serão sempre conservadas sob vaselina líquida. Aos 180 minutos colher sangue para dosagem de bicarbonato.
Preparo do paciente: Jejum de 4 hora (criança s) ou de 8 horas (adultos). Pacientes que já estejam em acido se não devem receber cloreto de amônio.
Método: Determinação do pH urinário por método potenciométrico. Bicarbonato sangüíneo determinado por método enzimático
Interferentes: -
Valores normais: Redução do pH urinário a valor inferiores a 5,3 em pelo menos uma das amostras de urina colhida após sobrecarga com o cloreto de amônio.
Interpretação: O teste é útil na detecção de defeitos tubulares de acidificação urinária, que podem levar à formação de cálculos urinários calcificados ou à nefrocalcinose.
Exames relacionados: Perfil metabólico para nefrolitíase.

Sinonímia: Metabolito de serotonina, 5-HIAA.
Material: Urina de 24 horas com conservador ácido. Enviar amostra de 25 mL, com informação do volume total.
Colheita, conservação: Colher urina de 24 horas no terceiro dia de dieta, em frasco contendo HCl a 50%, 20 mL por litro de urina. Conservar a urina em geladeira durante a colheita.
Preparo do paciente: O paciente deverá seguir dieta específica e evitar medicamentos durante 3 dias.
Método: HPLC, com detecção amperométrica.
Interferentes: Acetaminofen, derivados da rauwolfia, inibidores da MAO, levodopa, imipramina, metildopa, fenotiazina, ACTH, etanol, 5-FU, guaiacolato.
Valores normais: 2 - 8 mg/24 h.
Interpretação: Utilizado no diagnóstico da síndrome e tumores carcinóides. Valores acima de 15 mg/24h são altamente sugestivos de tumor carcinóide. Está bastante aumentado em tumores carcinóides metastáticos. Aumentos mais discretos podem ser vistos em tumores carcinóides ovarianos, espru, doença celíaca, "oat cell" carcinoma do brônquio, adenoma brônquico tipo carcinóide. Alguns pacientes com tumor carcinóide podem ter 5 HIAA urinário normal; em geral estes pacientes não apresentam síndrome carcinóide.
Exames relacionados: -

Sinonimia: ALA.
Material: Urina de 24 horas. Volume mínimo: 5 mL.
Colheita, conservação: Colher urina de 24 horas, em frasco escuro; refrigerar durante a colheita. Cerca de 50% do ALA é degradado em 24 horas em urinas não refrigeradas e expostas à luz. Conservador ácido pode ser usado, mas alcalino não.
Preparo do paciente: Não há preparo especial.
Método: Colorimétrico, após remoção de interferentes.
Interferentes: Barbitúricos, clordiazepóxido, cloroquina, clorpropamida, diazepan, ergotamina, estrógenos, etanol, hidantoinatos, anovulatórios, sulfamidicos. Todos podem interferir in vivo e inclusive precipitar crise de porfiria.
Valores normais: 1,3 - 7,0 mg/24 horas.
Interpretação: Exame útil no diagnóstico de porfirias.Aumenta nos ataques de porfiria aguda intermitente, coproporfiria hereditária e porfiria variegata. Pode ser normal nos períodos de latência destas doenças. Teste indireto de exposição e intoxicação por chumbo onde há aumento dos níveis de ALA, juntamente com as coproporfirinas. Assim, um quadro clínico negativo de porfiria intermitente aguda, ALA e coproporfirinas aumentados e porfobilinogênio (PBG) normal indicam intoxicação por chumbo. Aumenta no terceiro trimestre da gravidez.
Exames relacionados: Dosagem de porfobilinogênio, uroporfirina, coproporfirina.

Sinonímia: Teste do cloreto férrico, teste da fralda.
Material: Urina recente. Volume mínimo: 10 mL.
Colheita, conservação: Enviar urina ao laboratório até, no máximo, uma hora após a colheita.
Preparo do paciente: -
Método: Cloreto férrico.
Interferentes: Urina muito diluída pode causar resultados falso negativos.
Valores normais: Negativo.
Interpretação: O exame é útil no diagnóstico da fenilcetonúria. O teste só deverá ser realizado em recém nascidos após 48 horas de aleitamento. É um teste de triagem, cujos resultados positivos devem ser confirmados por dosagem de fenilalanina no sangue.
Exames relacionados: Perfil de erros inatos do metabolismo, dosagem de fenilalanina, dosagem de tirosina.

Sinonimia: Alcaptonúria.
Material: Urina recente, amostra isolada. Volume mínimo: 10 mL.
Colheita, conservação: Colher a urina em frasco contendo vaselina líquida. Evitar o contato com o ar.
Preparo do paciente:
Método: Vários métodos qualitativos:de alcalinização da urina, do cloreto férrico, de redução do reativo de Benedict.
Interferentes: Aspirina, L-Dopa e ácido ascóbicor podem dar resultados fatso-positivos.
Valores normais: Teste negativo.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico da alcaptonúria. Nesta doença caracterizada por presença de ácido homogentísico na urina, pigmentação de cartilagens e outros tecidos conjuntivos e quase sempre, em idade avançada, artrite, a urina pode escurecer quando exposta ao ar por algumas horas. Escurecimento da urina também pode ocorrer na melanúria e quando há constituintes como fenóis, ácido gentísico (metabolito de salicilatos) e metildopa presentes.
Exames relacionados: -

Sinonímia: Lacticidemia, lactato sangüíneo.
Material: Sangue total colhido com EDTA e fluoreto.
Colheita, conservação: Colher o sangue sem garroteamento. Centrifugar. Refrigerar o plasma.
Preparo do paciente: Paciente deverá estar em repouso. Evitar garroteamento e abrir e fechar as mãos.
Método: Enzimático.
Interferentes: -
Valores normais: 5,7 a 22,0 mg/dL (0,63 a 2,44 mmol/L).
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico de acidose láctica, que pode ocorrer de forma idiopática ou secundária a vários distúrbios como má perfusão tissular, exercícios, miopatias severas.
Exames relacionados: Bicarbonato, perfil iônico.

Sinonímia: Uricosuria.
Material: Urina de 24 horas. Volume mínimo: 5,0 mL.
Colheita, conservação: Colher urina de 24 horas, mantendo-a refrigerada durante a colheita. O indicada colheita com conservador alcalino (bicarbonato de sódio: 5 g por litro de urina).
Preparo do paciente: -
Método: Enzimático, automatizado.
Interferentes: -
Valores normais: 0,25 - 0,75 g na urina de 24 h.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico das hiperuricosúrias, encontrando sua indicação principal na propedêutica do paciente calculoso. Hiperuricosúria ocorre, isolada ou associada a outros distúrbios metabólicos, em aproximadamente 15% destes pacientes. Dietas ricas em purinas cursam com aumento na uricosúria, nem sempre acompanhado de hiperuricemia.
Exames relacionados: Ácido úrico sérico, perfil de nefrolitlase, calciúria de 24 horas.

Sinonímia: -
Material: Líquido sinovial. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Usualmente a colheita é realizada pelo Médico Assistente e o material enviado ao Laboratório; pode ser colhida no Laboratório com marcação prévia.
Preparo do paciente: -
Método: Enzimático, automatizado.
Interferentes: -
Valores normais: Iguais aos do soro.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico da artrite gotosa. Em casos suspeitos de gota, em que a pesquisa de cristais de ácido úrico no líquido sinovial tenha sido negativa, o encontro de ácido úrico mais elevado no líquido sinovial do que no soro é sugestivo de gota. Em casos de artropatias degenerativas o nível no líquido sinovial é igual ao de soro.
Exames relacionados: Ácido úrico sérico, exame completo do líquido sinovial.

Sinonimia: Uricemia.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, congelar a amostra.
Preparo do paciente: Jejum de 8 horas.
Método: Enzimático, automatizado.
Interferentes: Vários diuréticos, álcool, salicilatos em pequenas doses e antineoplásicos aumentam os níveis do ácido úrico in vivo.
Valores normais: Sexo masculino: 2,6 – 6,8 mg/dL (154 a 404 pmol/L). Sexo feminino: 2,0 - 6,3 mg/dL (119 a 375 mol/L).
Interpretação: A determinação é útil no diagnóstico das hiperuricemias, como as encontradas na gota e na calculose e nefropatia úricas, na insuficiência renal, em neoplasias, leucemias, linfomas, mieloma, policitemia, toxemia da gravidez, psoríase, glicogenose tipo I. Associa-se com hiperlipidemia, obesidade, diabetes, ingestão de álcool, acromegalia, sarcoidose e hipertensão. Encontra-se diminuido em situações como: síndrome de Fanconi, doença de Wilson, secreção inapropriada de hormônio anti-diurético; diminui ainda sob efeito de drogas como allopurinol, aspirina em altas doses, contrastes radiológicos, altas doses de vitamina C.
Exames relacionados: Ácido úrico urinário, provas de atividade reumática, pesquisa de fator reumatóide.

Sinonímia: Valproato.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Colher sangue sem anticoagulante. Se o exame não for realizado no mesmo dia, congelar a amostra.
Preparo do paciente: Pelo menos 4 horas de jejum. O pico de concentração da droga ocorre de 1 a 4 horas após a ingestão, podendo ser mais demorado se ingerido com outros medicamentos. A dose deve estar constante há pelo menos 2 dias e não deve ter havido falha na tomada do medicamento. Colher sangue antes de uma das tomadas regulares. Em caso de suspeita de intoxicação, colher o sangue pelo menos 6 horas após a última dose.
Método: Polarização de fluorescência (TDX Abbott).
Interferentes: Lipemia e hem6lise importantes podem interferir.
Valores normais: Níveis terapêuticos sugeridos: 60 a 130 pg/mL.
Interpretação: Exame útil no seguimento de pacientes epiléticos com crises mal controladas ou mostrando sinais de intoxicação. A meia vida em crianças e adultos é em torno de 8 a 12 horas e aumenta com ingestão de álcool.
Exames relacionados: Dosagem de outros anticonvulsivantes: fenobarbital, carbamazepina, fenitoina, primidona.

Sinonímia: VMA.
Material: Urina de 24 horas. Volume mínimo: 20 mL.
Colheita, conservação: Urina de 24 horas, deve ser colhida com conservante ácido (HCI a 50%, 20 mL por litro de urina) e conservada em geladeira durante a colheita.
Preparo do paciente: Dieta apropriada durante 3 dias, até o término da colheita.
Método: -
Interferentes: Alimentos que contenham vanilina podem interferir em métodos colorimétricos.
Valores normais: 3 a 12 mg/24 horas.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico e seguimento de feocromocitoma, ganglioneuroma e neuroblastoma. Em cerca de 20 a 30% dos neuroblastomas a dosagem de VMA pode ser normal, mas na maioria das vezes encontramos alterações de outros parâmetros laboratoriais que permitem o diagnóstico: catecotaminas e metanefrinas.
Exames relacionados: Metanefrinas, catecolaminas.

Sinonímia: -
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, congelar a amostra. A enzima é estável por 8 horas à temperatura ambiente e pelo menos 15 dias a 4 C.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Cinético, em UV.
Interferentes: Hemólise interfere, in vitro, aumentando os níveis da substância. Inseticidas clorados e orga nofosforados e injeção intramuscular podem aumentá-la in vivo.
Valores normais: 0,5 a 3,1 U/L. Crianças podem ter valores até duas vezes maiores que adultos.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico e seguimento de miopatiós. Níveis muito elevados podem ser encontrados na distrofia muscular progressiva. Aumenta também em outras miopatias, incluindo dermato-polimiosites. Valores elevados podem ainda ser encontrados em certas hepatopatias, infarto do miocárdio e algumas neoplasias.
Exames relacionados: CPK, DHL, TGO.

Sinonímia: AAT.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Colher sangue sem anticoagutante; congetar o soro se o exame não for realizado no mesmo dia.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Imunoquímico (imunodifusão radial).
Interferentes: Contraceptivos orais aumentam o nivel (in vivo).
Valores normais: 200 - 400 mg/dL.
Interpretação: Exame útil no diagnóstico de deficiência congênita de alfa-1 antitripsina e comporta-se como proteína de fase aguda de inflamação, Crianças ou adultos deficientes de AAT podem apresentar hepatite crônica ativa e cirrose. Adultos com esta deficiência podem desenvolver doença pulmonar obstrutiva crhnica. Como proteína de fase aguda aumenta na artrite reumatóide, infecqões bacterianas, vasculites, neoplasias. Gravidez e anovulatórios hormonais aumentam os níveis (in vivo).
Exames relacionados: Alfa-1 glicoproteína ácida, proteína C-reativa, haptogtobina.

Sinonímia: Soromucoide.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Colher sangue sem anticoagulante; congelar a amostra se o exame não for realizado no mesmo dia.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Imunoquímico (imunodifusão radial).
Interferentes: Anovulatórios estrogênicos diminuem o nível (in vivo).
Valores normais: 55 - 140 mg/dL. Níveis iguais aos de adultos são atingidos por volta de 10 meses de idade.
Interpretação: Exame útil no diagnóstico e seguimento de processos inflamatórios. É um dos melhores indicadores de atividade inflamatória. Aumenta na artrite reumatóide, no LED, na ileite de Crohn, em neoplasias, sobretudo metastáticas, queimaduras, trauma, infarto do miocárdio, estados associados com proliferação celular exagerada e após exercício físico violento. Diminui na desnutrição, em hepatopatias severas, enteropatias com perda protéica e na gravidez. Sua determinação em derrames cavitários pode ser útil: os níveis são baixos em transudatos, intermediários em exudatos inflamat6rios e elevados em exudatos por neoplasias.
Exames relacionados: Alfa-l-antitripsina, proteína C-reativa, haptogtobina, mucoproteínas.

Sinonímia: Amilasúria, Índice de depurações de amilase/creatinina, "clearance" de amilase
Material: Soro. Volume mínimo: 1,5 mL. Urina - amostra recente. Volume mínimo: 5 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, congelar as amostras.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Amilase - método cinético automatizado. Creatinina - método do picrato alcalino.
Interferentes: Contaminação das amostras com saliva resulta em níveis elevados de Amilase
Valores normais: 1,2 - 3,8%
Interpretação: O teste é a medida da relação de furação de amilase/depuração de creatinina. É útil no diagnóstico da pancreatite aguda, em que se encontra aumentada, e das macroamilasemias em que se encontra diminuída. No diagnóstico da pancreatite, no entanto, não é específico e aumenta também na insuficiência renal, perfuração duodenal, com uso de grandes doses de corticóides, na toxemia da gravidez, após cirurgia abdominal, câncer pancreático e hemoglobinúria.
Exames relacionados: Amilase sérica.

Sinonímia: Amilasemia (para a dosagem no soro).
Material: Soro ou líquidos cavitários. Volume mínimo: 0,5 mL de soro, 1,0 mL de líquidos cavitários.
Colheita, conservação: A enzima é relativamente estável. Refrigerar o material se o exame não for realizado no mesmo dia.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas para a dosagem no soro.
Método: Cinético, automatizado.
Interferentes: Anovulatórios e diuréticos podem aumentar os níveis da substância, in viva Contaminação das amostras com saliva resulta em níveis elevados.
Valores normais: Até 100 U/L, no soro.
Interpretação: A determinação no soro é útil no diagn6stico de pancreatites e parotidites. Aumentos são vistos também em infarto ou perfuração intestinal, peritonite, gravidez ectópica, apendicite, doenças de vias biliares, cetoacidose diabética, alguns tumores pulmonares ou ovarianos, traumas, queimaduras. Na insuficiência renal há aumentos, mas raramente chegando a níveis 3 vezes superiores ao normal. Valores elevados no líquido acético ocorrem em pancreatites e perfurações intestinais e no líquido pleural em perfurações do esôfago ou na pancreatite com formação de fístula. Nos Líquidos cavitários o valor deve ser superior ao normal pelo menos 3 vezes para atingir valor diagnóstico.
Exames relacionados: Amilase na urina.

Sinonímia: Amilasemia (para a dosagem no soro).
Material: Soro ou líquidos cavitários. Volume mínimo: 0,5 mL de soro, 1,0 mL de líquidos cavitários.
Colheita, conservação: A enzima é relativamente estável. Refrigerar o material se o exame não for realizado no mesmo dia.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas para a dosagem no soro.
Método: Cinético, automatizado.
Interferentes: Anovulatórios e diuréticos podem aumentar os níveis da substância, in viva Contaminação das amostras com saliva resulta em níveis elevados.
Valores normais: Até 100 U/L, no soro.
Interpretação: A determinação no soro é útil no diagn6stico de pancreatites e parotidites. Aumentos são vistos também em infarto ou perfuração intestinal, peritonite, gravidez ectópica, apendicite, doenças de vias biliares, cetoacidose diabética, alguns tumores pulmonares ou ovarianos, traumas, queimaduras. Na insuficiência renal há aumentos, mas raramente chegando a níveis 3 vezes superiores ao normal. Valores elevados no líquido acético ocorrem em pancreatites e perfurações intestinais e no líquido pleural em perfurações do esôfago ou na pancreatite com formação de fístula. Nos Líquidos cavitários o valor deve ser superior ao normal pelo menos 3 vezes para atingir valor diagnóstico.
Exames relacionados: Amilase na urina.

Sinonímia:-
Material: Cálculo de, pelo menos, 1 x 1 x 2 mm.
Colheita, conservação: -
Preparo do paciente: -
Método: Químico, com análise dos seguintes elementos: cálcio, fósforo, magnésio, amônia, cistina, ácido úrico, oxalato, carbonato.
Interferentes: -
Valores normais: -
Interpretação: Exame útil na propedêutica da litíase urinária. Os cálculos mais freqüentes são aqueles constituídos de oxalato de cálcio, seguidos pelos de fosfato de cálcio e de fosfato amonfaco-magnesiana Em seguida vêm os de ácido úrico e cistina. Associação de ácido úrico e oxalato de cdlcio não é rara.
Exames relacionados: Perfil metabólico para nefrolitíase.

Sinonímia:
Material: Soro ou urina. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, congelar a amostra.
Preparo do paciente: Jejum não necessário.
Método: ELISA.
Interferentes: Lipemia e hemólise excessivas interferem.
Valores normais: Soro: até 1 ano: 2,0 a 5,0 mg/L. l a 10 anos: 1,0 a 4,0 mg!L. Acima de 10 anos: 0,9 a 3,0 mg/L. Urina: até 0,25 mg/L.
Interpretação: Parte do complexo HLA, esta proteína está presente na superfície de células nucleadas, principalmente linfócitos. Sendo relativamente pequena (11.700 daltons) é bem filtrada nos glomérulos renais; porém é quase totalmente reabsorvida pelos túbulos contornados proximais. Está aumentada no soro em síndromes linfo-proliferativas benignas ou malignas e na insuficiência renal aguda ou crônica. Na urina, aumenta quando há lesão do túbulo contornado proximal.
Exames relacionados: -

Sinonímia: Reserva alcalina.
Material: Soro, Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Evitar garroteamento prolongado. O soro é alcanizado com Nk40H logo após a separação, e refrigerado.
Preparo do paciente: Não é necessário jejum.
Método: Determinação por método enzimático.
Interferentes: -
Valores normais: 23 a 29 mol/L
Interpretação: Exame útil na avaliação do equilíbrio ácido-básico. Aumentado nos quadros de alcalose metabólica e de acidose respiratória crônica ou compensada. Diminuído nos quadros de acidoses metab6licas e alcabozes respiratórias.
Exames relacionados: Ionograma.

Sinonímia: Calciúria. Material: Urina de 24 horas. Volume mínimo: 10 mL.
Colheita, conservação: Urina colhida com conservador ácido, (HCI a 5096, 20 mL por litro de urina). Refrigerar durante a colheita. Congelar a amostra se o exame não for realizado no mesmo dia.
Preparo do paciente: Na rotina o paciente segue sua dieta normal. A critério do médico assistente o paciente pode ser orientado para ingerir dieta pobre em cálcio.
Método: Espectrofotometria de absorção atômica.
Interferentes: A calciúria pode aumentar, por efeito in vivo, com o uso de acetazolamida, cloreto de amônio, corticosteróides, vitamina D, diuréticos (efeito inicial), etc. Diminui com o uso crônico de diuréticos, bicarbonato, estrógenos, lítio, anovulatórios.
Valores normais: Adultos: 55 - 220 mg/dia (1,4 a 5,5 mol/d). Crianças até 12 anos: até 4 mg/kg de peso corporal/dia (O,l mol/kg de peso corporal/dia).
Interpretação: A determinação é útil sobretudo na avaliação do paciente com cálculo renal e eventualmente no seguimento de portadores de hiperparatiroidismo, lesões ósseas metastáticas, mieloma, intoxicação por vitamina D, acidose tubular renal, tirotoxicose, doença de Piaget, sarcoidose. Hipercalciuria, sem calculose, pode ser causa de hematúria.
Exames relacionados: Cálcio e fósforo séricos, fosfatase alcalina, uricosúria de 24 horas.

Sinonímia: -
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Colher sangue, sem anticoagulante. Se o exame não for realizado no mesmo dia congelar o soro.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Polarização de fluorescência (TDX Abbott).
Interferentes: Lipemia e hemólise importantes podem interferir.
valores normais: Níveis terapêuticos: 5 - 12 pglmL.
Interpretação: Exame útil no seguimento de pacientes epiléticos com crises mal controladas ou mostrando sinais de intoxicação. O nível máximo sangüíneo é atingido em torno de 6 horas após a ingestão do medicamento, mas pode variar de 2 a 12 horas. Toxicidade pode ocorrer com níveis menores se o paciente estiver tomando também fenobarbital. Depressão medular e "rash" cutâneo não estão relacionados com nível séria. Apresenta-se 70 a 80% ligada a proteínas; por isso, hipoalbuminemia tende a aumentar o percentual da fração livre da droga. É indutor enzimático hepático e sua meia-vida também diminui durante o uso de outros indutores enzimáticos, como fenobarbital, fenitoina e pirimidina.
Exames relacionados: Outros anticonvulsivantes: fenobarbital, fenitoina, primidona, ácido valpróica

Sinonímia: Cobre-oxidase, ferro-oxidase.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Colher sangue, sem anticoagulante; se o exame não for realizado no mesmo dia, congelar a amostre.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Colorimétrico, de Houchin.
Interferentes: Aumenta com ingestão excessiva de cobre e com o uso de estrógenos, andrógenos, anticoncepcionais, fenitoina. Azia sódica bloqueia sua atividade, que também é reduzida por cianetos e altas concentrações de uréia e ácido úrico.
Interpretação: Exame útil no diagnóstico da doença de Wilson e na avaliação de algumas neoplasias. Comporta-se como proteína de fase aguda. Aumenta em tumores, inflamações agudas e crônicas (AR, LES, necrose tubular, infarto do miocárdio, por exemplo), cirurgias, hepatite, doença de Hodgkin. Está diminuída na doença de Wilson (inferior a 2 mg/dL em 95% das formas homozigóticas e em aproximadamente 1096 das heterozigóticas). Pode também estar diminuída em gastroenteropatias com perda protéica, síndrome nefr6tica e hepatopatias graves.
Exames relacionados: Cobre sérico.

Sinonímia: Cistinúria.
Material: Urina de 24 horas (alíquota de 25 mL).
Colheita, conservação: Urina colhida em frasco contendo HCI a 50%, 20 mL por litro de urina. Refrigerar durante a colheita.
Preparo do paciente: -
Método: Colorimétrico, de Henry.
Interferentes: Hornocistina interfere.
Interpretação: Exame útil na propedêutica da litiase urinária de repetição. A cistinúria consiste num defeito tubular renal de transporte dos aminoácidos dibásicos (cistina, lisina, ornitina e arginina). Apenas a cistina, em altas concentrações, é insolúvel na urina, levando à formação de cálculos de repetição.
Exames relacionados: Calciúria de 24h, perfil metabólico para nefrolitlase, uricosúria de 24h.

Sinonímia: Citratúria.
Material: Urina de 24 horas. Volume mínimo: 10 mL.
Colheita, conservação: Colher a urina em frasco contendo HCI a 50%, 20 mL por litro de urina. Manter a urina refrigerada durante a colheita.
Preparo do paciente: -
Método: Enzimático, automatizado.
Interferentes: -
Interpretação: O teste é útil na avaliação e seguimerito do paciente com nefrotitfase. Hipocitraturis primária ou secundária é situação que predispõe à formação de c6lculos urinários, sendo indicada a correção deste defeito pela administração oral de citrato.
Exames relacionados: Perfil metabólico pars nefrolitíase, calciúria de 24 horas, uricosúria de 24horas, oxalúria de 24 horas.

Sinonímia: Cloro urinário.
Material: Urina de 24 horas ou alíquota (volume mínimo: 5 mL) com volume total anotada
Colheita, conservação: Manter a amostra sob refrigeração.
Preparo do paciente: Manter a dieta usual.
Método: Titrimétrico.
Interferentes: Diuréticos aumentam a excreção de cloro.
Interpretação: O teste é útil na avaliação do metabolismo hidro-salino ou da ação de diuréticos. Tem valor na diferenciação de alcaloses cloro-responsivas ou não; em caso de vômitos ou aspiração gástrica, por exemplo, a alcaloses se acompanha de níveis baixos de cloro urinário f <10 mEq/litro}, e tal alcalose é cloro-responsiva. Já em alcaloses com cloro urinário superior a 20 mEq/litro (como nos excessos de corticosteróides exógenos ou endógenos) a resposta à administração de cloro é discreta ou ausente. Entre as síndromes que se enquadram nesta última situação lembramos síndrome de Cushing, de Conn e de Bartter.
Exames relacionados: Sódio urinário, potássio urinário, pH, bicarbonato e cloro sangüíneos.

Sinonímia: Cl, cloremia.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado imediatamente, congelar a amostra,
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Titrimétrico.
Interferentes: -
Interpretação: Exame útil na avaliação de distúrbios do equilíbrio hidroeletrolftico e ácido-básico. Aumenta nas desidratações hipertónicas, em certas acidoses tubulares renais, em diarréias com grande perda de bicarbonato, na intoxicação por salicilatos, no hiperparatiroidismo primário. Diminui quando há vômitos prolongados, aspiração gástrica, nefrite com perda de sal, acidose metabólica, insuficiência da supra-renal, porfia intermitente aguda ou secreção inapropriada de hormônio anti-diurético.
Exames relacionados: lonograma, bicarbonato, sódio e potássio séricos.

Sinonímia: Colesterolemia.
Material: Sora Volume mfnimo: 3,0 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, refrigerar a amostra.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas. Jejum de 12 horas se houver também determinação de LDL colesterol
Método: Enzimático, automatizado.
Interferentes: -
Valores normais: Adultos("): Desejável: inferior a 200 mg/dL (Inferior a 5,1 mmol/L)
Limftrofe: 200 - 239 mg/dL (5,1 - 6,1 mol/L)
Elevado: acima de 240 mg/dL (acima de 6,2 mol/L)
(")Seg. "National Cholesterol Education Program - National Heart, Lung, and Blood Institute- U.S.A." Arch Intern Med, 1988.
Interpretação: Exame útil na avaliação de risco de aterosclerose. É aumentado na hipercolesterolemia primária, e também em síndrome nefrótica, hipotiroidismo, diabetes mellitus, cirrose biliar primária, hipoalbuminemia. Níveis baixos podem ser vistos na desnutrição, hipertiroidismo. O uso mais freqüente é na avaliação de risco de doença coronariana; habitualmente níveis elevados se associam com maior risco de aterosclerose.
Exames relacionados: LDL-colesterol, HDL-colesterol, VLDL-colesterol, triglicérides, lipidograma.

Sinonímia: Pseudocolinesterase.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Se não for realizado no mesmo dia, refrigerar a amostra. Estável por uma semana s 4ºC.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Colorimétrico, usando acetilcolina como substrato.
Interferentes: Anovulatórios interferem "in vivo".
Valores normais: 1.900 - 3.800 U/L.
Interpretação: O teste é útil na avaliação de intoxicação por organo-fosforados, em que os níveis são reduzidos. Está diminuída também em hepatopatias e desnutrição importante.
Exames relacionados: -

Sinonímia: -
Material: Urina recente. Volume mínimo: 3,0 mL.
Colheita, conservação: Urinas colhidas em fiascos secos e o horário anotado com precisão de minutos.
Preparo do paciente: O paciente permanecerá, se foi adulto e puder suportar, em restrição hídrica por 24 horas. Em crianças recomenda-se a prova feita durante algumas horas sendo a diurese e perda de peso controladas. Este último procedimento é também adotado para adultos com grandes diureses.
Método: Osmolalidade medida por abaixamento criosçópic,o.
Interferentes: -
Valores normais: Indivíduos com capacidade normal de concentração urinária atingem osmolalidades superiores a 800 mosm/kg ao final do período de restrição hídrica.
Interpretação: O teste é útil na avaliação de pacientes potiúricos, sobretudo no que diz respeito à diferenciação entre o paciente poliúrico por diabetes insipidus e o paciente primariamente polidípsico. Para a diferenciação entre diabetes insipidus hipotalâmico-hipofisário e renal há necessidade de se administrar hormônio anti-diurético (ADH).
Exames relacionados: Exame de urina.

Sinonímia: -
Material: Urina de 24 horas ou alíquota de 20,0 mL com volume total anotado.
Colheita, conservação: Colher a urina em frasco escuro, com conservador alcalino (5g de bicarbonato de sódio por litro de urina). Conservar o material refrigerado e protegido da luz durante a colheita.
Preparo do paciente: -
Método: Colorimétrico.
Interferentes: Vide ácido delta-amino-levulínico.
Valores normais: 20 a 200 pg/24 horas.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico das porfirias. A coproporfirina se encontra bastante elevada em porfíria eritropoiética congênita, coproporfiria hereditária e porfíria cutânea tarda. Outras patologias podem cursar com discretos aumentos de coproporfirina na urina: intoxicação por metais pesados, leucemias, linfomas, anemias hemolíticas e hepatopatias, entre outras.
Exames relacionados: Uroporfirina, ácido delta-amino-levulínico, porfobilinogênio.

Sinonímia: Cetonúria.
Material: Urina recente. Volume mínimo: 5,0 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado imediatamente, refrigerar a amostra.
Preparo do paciente: -
Método: Semiquantitativo (nitroprussiato).
Interferentes: Levodopa, Piridíum ou substâncias usadas na avaliação de funç5o hepática e renal (BSP, PSP) interferem na pesquisa; intoxicação por aspirina, fenformin, álcool isoproplico, grandes quantidades de ácido ascórbico e ácido vatpróico também podem causar resultados falso-positivos.
Valores normais: Negativo.
Interpretação: O teste é utilizado na cetoacidose diabética, onde os corpos cetônicos se encontrem elevados. Podem também estar presentes no jejum prolongado, sobretudo em crianças em estados hipercatabólicos e febris. Podem aumentar ainda na tirotoxicose severa, na acromegalia, no hiperinsulinismo, quando há níveis elevados de ACTH ou corticosteróides, excesso de catecolaminas circulantes e nas glicogenoses.
Exames relacionados: Glicemia, glicosúria.

Sinonímia: CPK, CK, Creatinoquinase.
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for feito imediatamente, refrigerar a amostra.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas (desejável).
Método: Cinético, em UV.
Interferentes: Injeções intramusculares, traumas, cirurgias, intoxicação por barbitúricos e anfotericina B aumentam a CPK.
Valores normais: Homem: 10 - 80 U/L. Mulher: 10 - 70 U/L.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico do infarto do miocárdio, e no diagnóstico e seguimento de miopatias, incluindo dermatomiosite, hipotiroidismo, doenças infecciosas com miopatias.
Exames relacionados: DHL, TGO, aldolase.

Sinonímia: Creatininúria.
Material: Urina, amostra isolada ou de 24 horas. Volume mínimo: 5 mL.
Colheita, conservação: Refrigerar se o exame não for realizado imediatamente. Congelada, é estável por alguns dias.
Preparo do paciente: -
Método: Do picrato alcalino (Jaffé).
Interferentes: Cefalosporinas, ácido ascórbico e levodopa aumentam os níveis.
Valores normais: Excreção nas 24 horas:
Crianças: 8 - 22 mg/kg de peso Homens: 14 - 26 mg/kg de peso Mulheres: ll - 20 mg/kg de peso
Interpretação: A creatinina urinária é útil na avaliação de adequação da colheita de urina de 24 horas e no uso de índices de várias substâncias em relação à excreção de creatinina, ti4a como relativamente constante. Em pacientes renais agudos a relação creatinina urinária/sérica pode ser usada como índice diagnóstico (em geral é menor que 10 na necrose tubular aguda). A creatinina urinária aumenta com dietas hiperprotéicas.
Exames relacionados: Uréia urinária, depuração de creatinina.

Sinonímia: Creatininemia.
Material: Soro. Volume mínimo: 2,0 mL.
Colheita, conservação: Refrigerada a amostra, a substância é estável por vários dias.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas (desejável).
Método: Do picrato alcalino (Jaffé).
Interferentes: Cefalosporinas, cetonemia elevada, hidantoinatos, ácido ascórbico, metildopa e trimetoprin podem interferir dando valores falsamente elevados.
Valores normais: Varia com a massa muscular Crianças: 0,3 - 0,7 mg/dL pmol (26,5 - 61,9 mol/L) Adultos:
Sexo masculino: 0,8 - 1,3 mg/dL pmol (70,7 - 114,9 mol/L) Sexo feminino: 0,7 - 1,2 mg/dL pmol (61,9 - 106,1 mol/L)
Interpretação: Exame útil na avaliação da função renal. Aumenta na medida em que o ritmo de filtração glomerular diminui. De forma grosseira, porém clinicamente útil, pode-se imaginar que reduções de filtração glomerular de 50% correspondem a uma duplicação do nível sérico de creatinina. Como o aumento do nível sério demanda um certo tempo, este raciocínio não pode ser aplicado a reduções agudas da filtração glomerular. Sofre menos influência da dieta do que a uréia, e neste aspecto é melhor índice de função renal do que esta última.
Exames relacionados: Uréia, depuração de creatinina, exame de urina.

Sinonímia: -
Material: Soro Volume mínimo: 3,0 mL.
Colheita, conservação: O sangue deve ser colhido a 37ºC, sendo o transporte e a separaç5o do soro feitos a mesma temperatura.
Preparo do paciente: Jejum de 8 horas.
Método: Um teste rápido turbidimétrico é realizado para detectar casos com grande quantidade de crioglobulinas. Este resultado, se positivo, é comunicado diretamente ao Médico Assistente. A precipitaç5o dos crioglobulinas de 3,0 mL de soro se processa por 5 dias. Dosagem de proteínas pelo método de Lowry. Caracterização imunoquímica das globulinas por imunoeletroforese em gel de agarose a 37 º C, com soros específicos anti-IgG, anti-lgA, anti-lgM, anti-Kappa e anti-Lambda.
Interferentes: Lipemia excessiva pode interferir.
Valores normais: Teste negativo, com dosagem de proteínas no crioprecipitado inferior a 80pg/mL de soro. A caracterização imunoquímica só é feita com valores superiores a 80 pg/mL de soro.
Interpretação: Exame útil no diagnóstico e caracterização de crioglobulinemias. Estas ocorrem de forma idiopática, em doenças linfoproliferativas, doenças infecciosas agudas ou crônicas, em doenças auto-imunes como o lupus, no mieloma múltiplo, na macroglobulinemia de Waldenstron, e em certos tumores.
Exames relacionados: Perfil do complemento, pesquisa de auto-anticorpos, eletroforese de proteínas.

Sinonímia: Aminoacidúria, pesquisa de erros inatos do metabolismo.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL. Urina. Volume mínimo: 5,0 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, congelar a amostra.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas para colheita de sangue. Em lactentes, quando o exame for feito no soro, colher sangue antes de uma mamada.
Método: Cromatografia em camada delgada.
Interferentes: -
Valores normais: O teste é qualitativo e o critério de normalidade estabelecido por comparação com urinas e soros de referência.
Interpretação: O teste é útil no rastreamento de defeitos metabólicos congênitos que resultem no aumento de aminoácidos, isolados ou em grupos, no soro ou na urina. Aminoacidúrias conseqüentes a defeitos tubulares renais também são detectadas, quer de grupos específicos de aminoácidos, como na cistinúria (aumento de cistina, lisina, ornitina, arginina), quer na forma generalizada como na síndrome de Fanconi ou similares.

Sinonímia: GTT, teste de tolerância à glicose.
Material: Plasma: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Colher sangue em tubo com anticoaguiante (fluoreto). Se o exame não for realizado imediatamente, manter as amostras refrigeradas. A curva pode ser feita de maneira clássica (colheita em jejum e aos 30, 60, 90, 120 e 180 minutos), simplificada (30, 60, 90 e 120 minutos), prolongada de 4 horas (30, 60, 90, 120, 180 e 240 minutos) e prolongada de 5 horas. Nos 3 dias que antecedem a prova o paciente deve fazer dieta rica em carboidratos e não ingerir álcool na véspera.
Preparo do paciente: Jejum de 10 a 16 horas. Após colheita basal o paciente recebe 75 g de glicose por via oral.
Método: Dosagem de glicose por método enzimático, automatizado.
lnterferentes: Corticosteróides, estados hipercatabóticos, "stress".
Valores normais: Jejum: inferior a 115 mg/dL (inferior a 6,3 mol/L)
120 minutos: inferior a 140 mg/dL (inferior a 7,6 mol/L)
Interpretação: Estado de tolerância à glicose diminuída é definido pelo encontro de valores de glicemia aos 120 minutos entre 140 e 200 mg/dL e algum valor entre O e 2 horas superior ou igual a 200 mg/dL. O teste é útil no diagnóstico do diabetes mellitus em que o valor da glicemia aos 120 minutos é superior a 200 mg/dL e encontramos um valor entre O e 2 horas igual ou superior a 200 mg/dL. As curvas glicêmicas prolongadas (4 e 5 horas) são utilizadas no diagnóstico das hipoglicemias funcionais.
Exames relacionados: Glicemia, hemoglobina e/ou proteína glicosilada, insulina.

Sinonímia: GTT endovenoso.
Material: Plasma. Volume mínimo: 0,5 mL,.
Colheita, conservação: Colher sangue com anticoagulante (fluoreto).
Preparo do paciente: Jejum de 10 a 16 horas. Colher amostra em jejum. Injetar por via endovenosa 0,5 g/kg de peso de glicose 25%, em 1 a 4 minutos. A colheita das amostras é feita no outro braço, aos 10, 20, 30, 40, 50 e 60 minutos.
Método: Dosagem de glicose por método enzimático, automatizado.
Interferentes:
Valores normais: Normal: superior a 1,4
Suspeito: de 1,0 a 1,4
Diabetes Mellitus: inferior a 1,0
Interpretação: O resultado expressa um índice obtido dividindo-se 70 pelo tempo necessário para decaimento pela metade dos níveis de glicemia aos 10 minutos. Geralmente este teste é utilizado para eliminar fatores relacionados à absorção de glicose pelo trato gastrointestinal.
Exames relacionados: Glicemia, curva insulinêmica, curva glicêmica clássica.

Sinonímia: Lactato Dehidrogenase, DHL.
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Separar o soro logo após a colheita, evitando hem6tise. Conservar as amostras à temperatura ambiente (20 a 25ºC). Não refrigerar ou congelar.
Preparo do paciente: Jejum mínimo de 4 horas.
Método: Cinético, em UV.
Interferentes: Hemólise aumenta a atividade. Refrigeração ou contentamento diminuem a atividade.
Valores normais: 120 - 240 U/L.
Interpretação: Valores elevados são encontrados em neoptasias, doenças cárdio-respiratórias com hipoxemia, anemias hemotíticas e mega(oblásticas, mononucleose infecciosa e miopatias. No infarto do miocárdio, aumentos são notados cerca de 12 horas ap6s o infarto e usualmente se normalizam após a TGO. Aumentos são observados também no infarto pulmonar. Outras causas de aumento: hepatite, alcoolismo, infarto renal, pancreatite aguda, destruição excessiva de células, fraturas, obstrução intestinal. Na mononucleose com comprometimento hepático aumenta mais do que a TGO. Na hepatite, ao contrário, a TGO aumenta muito mais do que a DHL.
Exames relacionados: TGO, TGP, CPK, isoenzimas da DHL.

Sinonímia: DHL em líquidos cavitários.
Material: Líquido astico, pleural ou pericárdico. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Conservar as amostras à temperatura ambiente (20 a 25ºCl. Não refrigerar ou congelar.
Preparo do paciente:
Método: Cinético, em UV.
Interferentes: Memólise aumenta a atividade. Refrigeração ou congelamento diminuem a atividade.
Valores normais: Vide interpretação.
Interpretação: O teste é útil na avaliação dos derrames cavitários sobretudo no diagn6stico diferencial entre transudalos e exsudatos. Níveis de DHL em um líquido cavitários maior que os níveis de DHL no sangue são encontrados nos exsudatos, o que sugere a presença de doença inflamatória ou neoplásica.
Exames relacionados: Proteína total em líquidos cavitários.

Sinonímia: "Clearance" de creatinina, ritmo de filtração glomerular.
Material: Soro. Volume mínimo: 1,5 mL. Urina. Volume mínimo: 5,0 mL.
Colheita, conservação: A urina é colhida em período(s) de tempo definido(s) para que se possa calcular o volume de diurese por minuto. Quando realizado no Laboratório colhe-se pelo menos 3 períodos de diurese. Urina de 24 horas pode ser ocasionalmente utilizada para o teste.
Preparo do paciente: Recomenda-se jejum de no mínimo 4 horas, até que se colha o sangue. Durante a prova o paciente deve ser bem hidratado, por via oral, para permitir volumes urinários adequados. Em alguns pacientes a hidratação pode ser mal tolerada, devendo ser suspensa nestes casos. Má necessidade de se conhecer peso e altura do paciente.
Método: Determinações de creatinina no soro e urina.
Interferentes: Cefalosporinas interferem na determinação da creatinina. Grandes resíduos vesicais dificultam uma correta realização do teste. A maior fonte de erros reside em colheitas de diurese de 24 horas inadequadas.
Valores normais: Crianças: 70 a 140 mL/min/1,73 m~. Homens: 85 a 125 mL/min/1,73 m~. Mulheres: 75 a 115 mL/min/1,73 m~.
Interpretação: O teste é útil na avaliação funcional renal. A depuração está diminuída em neuropatias agudas e crônicas e sua determinação pode ser útil no acompanhamento dos pacientes. Na insuficiência renal terminal serve para indicar estados onde processos dialíticos se tornam imperiosos. Pode estar aumentada em diabetes (fase inicial), hipertiroidismo, acromegalia.
Exames relacionadas: Exame de urina, uréia.

Sinonímia: "Ctearance" de uréia.
Material: Soro. Volume mínimo: 1,5 mL. Urina. Volume mínimo: 5,0 mL.
Colheita, conservação: A urina é colhida em período(s) de tempo definido(s) para que se possa Calcular o volume de diurese por minuto. Quando realizado no Laboratório colhe-se pelo menos 3 períodos de diurese. Urina de 24 horas pode ser ocasionalmente utilizada para o teste.
Preparo do paciente: Recomenda-se jejum de no mínimo 4 horas, até que se colha o sangue. Durante a prova o paciente deve ser bem hidratado, por via oral, para permitir volumes urinários adequados. Em alguns pacientes a hidratação pode ser mal tolerada, devendo ser suspensa nestes casos. Há necessidade de se conhecer peso e altura do paciente.
Método: Determinações da uréia no soro e urina.
Interferentes: A depuração da uréia varia conforme o fluxo urinário. Valores normais: Para volume urinário inferior a 2 mL/min: 41 - 68 mL/min superior a 2mL'min: 64 - 99 mL/min.
Interpretação: O teste é útil na avaliação funcional renal. Atualmente sua utilidade maior reside no fato de que em pacientes renais crônicos, com ritmo de filtração glomerular abaixo de 20 mL/min, a média aritmética das depurações de creatinina e uréia corresponde, com boa aproximação, à depuração de inulina, medindo mais adequadamente o ritmo de filtração glomerular.
Exames relacionados: Depuração de creatinina.

Sinonímia: Proteinograma eletroforético.
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, refrigerar o material.
Preparo do paciente: Jejum de 8 horas.
Método: Proteína total determinada pela reação do biureto. Fracionamento eletroforético em gel de agarose, com leitura densitométrica.
Interferentes: Hemólise e lipemia importante interferem.
Interpretação: O exame é útil na caracterização de disproteinemia, das quais as mais comuns s5o: hipoalbuminemia: encontrada em síndrome nefrótica, cirrose hepática, desnutrição, enteropatia com perda protéica, processos inflamatórios crônicos; hipogamaglobulinemia: primária ou secundária a síndrome nefrótica, mietoma múltiplo não secretor ou produtor de cadeias leves; hipergamaglobulinemia: policlonal, na cirrose hep5tica, infecções subagudas e crônicas, doenças auto-imunes, algumas doenças linfo proliferativas; monoclonal no mieloma múltiplo, na macroglobulinemia de Waldenstron e algumas outras doenças linfoproliferativas malignas.
Exames relacionados: Proteinúria, proteinúria de Bence Jones, provas funcionais hepáticas, mielograma.

Sinonímia: Fosfatase prostática, fosfatase ácida tartarato sensível.
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, Conservação: Colher sangue e separar o soro imediatamente, evitando hemótisa O soro deve ser acidificado logo após a colheita (adição de 0,01 mi de ácido acético a 20% a cada mililitro de soro),
Preparo do paciente: Jejum de 8 horas.
Método: de Bessey, Lowry & Brock utilizando-se nitrofenilfosfatato como substrato em pH 4,8. A fração prostática corresponde àquela inibida por tartarato.
Interferentes: Etanol inibe a fração prostática. Hemólise aumenta. Lipemia interfere.
Valores normais: F. ácida total: 0,5 - 11,0 U/L. Fração prostática: 0,2 - 3,4 U/L.
Interpretação: A utilidade principal do teste é no diagnóstico e seguimento de neoplasias prostáticas. A tração da fosfatase ácida não prostática é encontrada aumentada quando existe hipermetabolismo 6sseo, como na doença de Paget, hiperparatiroidismo, metástases ósseas. Aumentos de fosfatase ácida n5o prostática podem ser vistos também em pacientes com doenças de Gaucher, de Niemann-Pick, em leucemia mielóide e algumas outras doenças hematológicas.
Exames relacionados: Fosfatase alcalina.

Sinonímia: -
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Colher antes de uma das tomadas do medicamento ou conforme determinações do Médico Assistente. Se o exame não for realizado no mesmo dia, refrigerar ou congelar a amostra.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Polarização de fluorescência (TDX - Abbott).
Interferentes: Hemólise ou lipemia excessivas.
Valores normais: Níveis terapêuticos sugeridos: 15 – 40 pg/mL.
Interpretação: Grandes variações nos níveis séricos podem ser observadas em crianças, durante o dia. O fenobarbital tem uma meia vida de 48 a 96 horas, Se a dose é dobrada espera-se que transcorram 5,5 meias vidas até que níveis séricos estáveis sejam alcançados. A excreção é mais rápida em crianças. O fenobarbital é um metabólico da primidona e por sua vez afeta o metabolismo da fenitoína. Quando usado junto com ácido valpróico sua excreção pode diminuir devido à acidificação urinária pelo ácido valpróico.
Exames relacionados: Outros anticonvulsivantes em uso.

Sinonímia: -
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Todo o material usado na colheita deve ser novo ou lavado com HCI a 50º/ó e água desditada. A separação do soro deve ser imediata.
Preparo do paciente: Jejum de 8 horas, Colheita pela manhã,
Método: de Lauber, da batofenantrolina.
Interferentes: Hemólise excessiva. Os níveis de ferro apresentam variação circadiana; pela manhã chegam a ser 30% mais atos.
Valores normais: 60 a 140 pg.dL (10,7 a 25,1 p.mol/L)
Interpretação: O teste é útil na avaliação das anemias hipocrônicas microcíticas. No entanto, sua determinação isolada é sujeita a resultados falsos (tanto positivos quanto negativos). Para uma melhor avaliação do metabolismo do ferro há a necessidade de que sua determinação no soro se faça acompanhar também da determinação de siderofilina e de grau de saturação. A determinação de ferritina completa o estudo, sendo índice sensível de depleção ou sobrecarga de ferro nos tecidos corporais. Ferro baixo é encontrado em: perdas sanguíneas, dieta inadequada, doenças inflamatórias crônicas, neoplasias, desnutrição, síndrome nefrótica. Na anemia perniciosa logo após a administração de vitamina B12 ocorre consumo e redução dos níveis de ferro. Ferro aumentado pode ser encontrado em: terapêutica com ferro, hemossiderose, anemias hemolíticas, hepatite aguda, necrose hepática aguda, hemocromatose.
Exames relacionados: Siderofilina, ferritina, série vermelha.

Sinonímia: -
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, refrigerar o soro.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Cinético, colorimétrico.
Interferentes: Drogas hepatotóxicas causam aumento, por ação in vivo. Fluoreto, oxalato, EDTA interferem in vitro reduzindo a atividade da enzima.
Valeres normais: Variam com a idade. 3 4 meses: até 730 U/L.
Até 2 anos: até 400 U/L.
Entre 3 - 15 anos: até 700 U/L.
Até 17 os: até 300 U/L.
Adultos: 40 - 190 U/L.

lnterpretação: A determinação da fosfatase alcalina é útil na avaliação e seguimento de hepatopatias, processos colestáticos em geral e no diagnóstico e seguimento de processos ósseos que resultam em aumento da sua atividade. Na verdade não se trata de uma enzima única mas de uma família de isoenzimas de origens variadas mas principalmente de origem hepática e óssea.
Exames relacionados: Bilirrubinas, TGO, TGP, gama-GT, cálcio, hidroxiprolina urinária, isoenzimas da fosíatase alcalina.

Sinonímia: Fosfatúria.
Material: Urina. Volume mínimo: 5,0 mL.
Colheita, conservação: Colhe-se urina de 24 horas, em frasco contendo HCI a 50º, 20 mL por litro de urina; manter a urina sob refrigeração durante a colheita.
Preparo do paciente: -
Método: Calorimétrico, de Gomori.
Interferentes: -
Valores normais: 0,4 a 1,3 g ‘24 horas.
Interpretação: O teste é útil na avaliação do balanço cálcio fósforo do organismo. Excreção urinária aumentada de fósforo ocorre em hiperparatiroidismo, acidose tubular renal, uso de diuréticos e na síndrome de Fanconi. Excreção diminuída é encontrada no hipoparatiroidismo e pseudohipoparatiroidismo.
Exames relacionados: Cálcio e fósforo séricos, perfil para nefrolitíase, calciúria de 24 horas.

Sinonímia: P, fosfatemia, fosfato.
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Manter a amostra sob refrigeração até a realização do exame.
Preparo do paciente: Jejum de 6 horas.
Método: Colorimétrico, de Gomori.
Interferentes: Hem6lise.
Valores normais: Crianças: Sexo feminino: 3,9 a 6,1 mg dL (1,25 a 2,00 mol/L).
Sexo masculino: 3,8 a 5,9 mg/dL (1,22 a 1,90 mol/L).
Adultos: Sexo feminino: 2,3 a 4,3 mg/dL (0,74 a 1,40 mol/L). Sexo masculino: 2,4 a 4,6 mg/dL (0,8 a 1,5 mol/L)
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico das hiperfosfatemias: mielona múltiplo, metástases 6sseas, insuficiência renal crônica, hipoparatiroidismo, cetoacidose diabética; e das hipofosfatemias: hiperparatiroidismo, síndrome de Fanconi, alcoolismo agudo, síndrome de má-absorção, deficiência de vitamina D, acidose tubular renal.
Exames relacionados: Cálcio, fosfatase alcalina e áciia, calciúria, fosfatúria, hPTH, vitamina D.

Sinonímia: Gama-GT, gamaglutamil transpeptidase.
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Manter a amostra sob refrigeração.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Calorimétrico, cinétiro.
Interferentes: Medicamentos: fenitoína, fenobarbital, acetaminofen,
Valores normais: Até 28 U/L.
Interpretação: O teste é útil na avaliação das hepatopatias agudas e crônicas, estando a atividade enzimática elevada nos quadros de colesterol intra ou extra-hepática. Os níveis de gama-GT também se elevam na doença hepática alcoólica aguda ou crônica, e nas neoplasias hepáticas primárias ou metastáticas.
Exames relacionados: TGO, TGP, fosfatase alcalina, eletroforese de proteínas.

Sinonímia: -
Material: Plasma fluoretado. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: A dose de 75 g de glicose deve ser a adotada. Se houver especificação do Médico Assistente, o exame pode ser feito com 100 g de glicose.
Preparo do paciente: Jejum de 10 a 16 horas.
Método: Enzimático, automatizado.
Interferentes: -
Valores normais: inferior a 200 mg/dL, a 6s 1 hora, e a 140 mg/di após 2 horas.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico de Diabetes Mellitus, em que valores iguais ou superiores a 200 mg/dL estabelecem o diagnóstico. Valores entre 140 e 200 mg/dL são considerados suspeitos e o paciente é rotulado como portador de uma tolerância 5 glicose diminuída.
Exames relacionados: Glicemia, curva glicêmica.

Sinonímia: Glicemia.
Material: Plasma fluoretado. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Manter a amostra sob refrigeração.
Preparo do paciente: Jejum de 8 horas.
Método: Enzimático, automatizado.
Interferentes: -
Valores normais: 75 a 115 mg/dL (4,1 a 6,3 mol/L).
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico das hiper e hipoglicemias. Para o diagnóstico de Diabetes Mellitus é necessário valor igual ou superior a 140 mg/dL. Em gestantes valores superiores a 105 mg'dL já sugerem o diagri6stico. O diagnóstico de hipoglicemia se estabelece com valores abaixo de 50 mg/dL.
Exames relacionados: Curva glicômica, curva insulinêmica, glicosúria.

Sinonímia: Glicose pós-prandial.
Material: Plasma. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Colher sangue com fluoreto de sódio, 1 ou 2 horas após inicio da refeição.
Preparo do paciente: O paciente deve fazer refeição normal, conforme orientação do Médico Assistente.
Método: Enzimático, automatizado.
Interferentes: -
Valores normais: Vide interpretação.
Interpretação: O teste é atualmente pouco utilizado, e tem valor diagnóstico limitado, dadas as dificuldades de padronização. Sua aplicação se reserva aos casos de acompanhamento de pacientes diabéticos.
Exames relacionados: Glicemia, glicosúria, hemoglobina glicosilada, proteína glicosilada.

Sinonímia: Hp
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia congelar a amostra.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Imunodifusão radial quantitativa.
Interferentes: Hemólise Esteróides anabólicos aumentam e estrógenos diminuem por ação in vivo.
Valores normais: 25 - 190 mg/dL (0,25 a 1,90 g!L).
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico de episódios de hemó1ise. A haptoglobina liga-se à hemoglobina e a carrega para o sistema monicitico-fagocitário. Níveis diminuídos ocorrem mais com hemólise intravascular do que extravascular. Valores baixos podem ser vistos também nas anemias megaloblásticas, que cursam com um componente hemolítico. Reduções podem ser vistas em hematomas e hemorragia tissular, e em hepatopatias. Aus0ncia congênita é rara. Erequentemente está elevada em processos inflamatórios, de destruição tissular e em neoplasias. Em tumores renais pode atingir níveis muito elevados.
Exames relacionados: Série vermelha, contagem de reticulócitos, bilirrubinas, PCR, alfa-1 glicoproteína ácida, mucoproteínas, pesquisa de hemoglobinúria.

Sinonímia: Pesquisa de homocistinuria.
Material: Urina. Volume mínimo: 10 mL.
Colheita, conservação: A amostra de urina pode se~ recente ou parte do volume de 24 horas,
Preparo do paciente: -
Método: Testes quantitativos: prata, nitroprussiato cromatografia em camada delgada.
lnterferentes: -
Valores normais: Negativo.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico da homocistinúria e das aminoacidúrias generalizadas.
Exames relacionados: Cromatografia de aminoácidos no soro e na urina.

Sinonímia: -
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia congelar a amostra.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Separação eletroforética das proteínas em gel de agarose e imunodifusão contra anti-soro humano total e anti-soros específicos para cadeias pesadas e leves de imunoglobulinas (anti-igG, anti-lgA, anti-lgM, anti-Kappa e antilambda). Determinação quantitativa das imunoglobulinas por imunodifusão radial.
Interferentes: -
Valores normais: As seguintes proteínas são identificadas e devem estar presentes: pré-albumina, albumina, alfa-1 glicoproteína ácida, alfa-l-anti-tripsina, cerutoplasmina, haptoglobina, alfa-2-macroglobulina, transferrina, C3, IgG, IgA e IgM. Valores normais de imunoglobulinas: vide imunoglobulinas. As imunoglobulinas devem ser policlonais.
Interpretação: O teste é útil no diagnóstico de paraproteinemias, como as observadas no mieloma múltiplo, macroglobulinemia de Waldenstron, doenças linfoproliferativas malignas e nas gamopatias municionais benignas. A imunoeletroforese em si não é teste quantitativo. No Laboratório Fleury inclui dosagens de imunoglobulinas, que também podem ser solicitadas isoladamente. Nos mielomas produtores somente de cadeia leve (Kappa ou Lambda) a imunoeletroforese do soro pode dar resultado falso negativo, a menos que insuficiência renal já esteja instalada. As cadeias leves são filtradas e saem na urina. Sua pesquisa na urina (Vd. Proteínas de Bence-Jones) é mais sensível. A imunoeletroforese não deve ser o exame de escolha quando se deseja avaliar a presença e/ou nível das outras proteínas séricas; para a grande maioria delas há métodos específicos de pesquisa e/ou dosagem.
Exames relacionados: Imunoglobulinas (incluídas no exame), eletroforese de proteínas, mielograma, pesquisa de proteínas de Bence-Jones.

Sinonímia: -
Material: Soro. Volume mínimo: 3,0 mL.
Colheita, conservação: Manter a amostra s6b refrigeração.
Preparo do paciente: Jejum de 12 horas.
Método: Dosagem do colesterol e triglicérides por métodos enzimáticos, automatizados. Fracionamento com polietilenoglicol. Cálculo conforme o "Lipid Research Clinics Program."
Interferentes: -
Valores normais: Adultos(*): Desejável: até 130 mg/dL (até 3,4 mol).
Limftrofe: 130 a 159 mg!dL(de 3,4 a 4,1 mol/L).
Elevado: acima de 160 mg/dL. (superior a 4,1 mol/L)
(*)Seg. "National Cholesterol Education Program - National Heart, Lung, and Blood Ins-titute - U.S.A." Arch Intern Med 1988,
Interpretação: As lipoproteínas de baixa densidade ("Low Density Lipoproteins") são as principais proteí(nas de transporte do colesterol e a determinação da fração do colesterol ligado às mesmas (LDL-Colesterot) é útil na avaliação do risco de doença coronariana. A relação entre doença aterosclerótica coronariana e níveis de LDL-Colesterol é significativa e direta. Seus níveis também se encontram elevados na síndrome nefrótica, hipotiroidisrno, ictéricia obstrutiva.
Exames relacionados: Lipidograma, colesterol, triglicorigos.

Sinonímia: -
Material: Soro. Volume mínimo: 0,5 mL.
Colheita, conservação: Manter a amostra sob refrigeração.
Preparo do paciente: Jejum de 12 horas.
Método: Colorimétrico
lnterferentes: Jejum não obedecido.
Valores normais: 400 a 800 mg/dL.
lnterpretação: A dosagem de lípides totais, isoladamente, é de escasso valor diagnóstico uma vez que seus níveis podem estar normais na presença de frações lipídicas alteradas.
Exames relacionados: Lipidograma, colesterol, triglicérides.

Sinonímia: Na natremia.
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: A separação do soro deve ser feita o mais rapidamente possível. Se o exame não for realizado no mesmo dia, manter a amostra sob refrigeração.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Fotometria de chama.
lnterferentes: Hemólise, anticoagulantes que contenham sódio ou cálcio.
Valores normais: 137 a 148 mEq/L (137 a 148 mol/L).
Interpretação: Exame útil na avaliação do equilíbrio hidroeletrolítico. A hipernatremia ocorre na desidratação hipertônica, no diabetes insipidus, em comas hiperosmolares, entre outras situações. A hiponatremia pode ocorrer na síndrome nefrótica, insuficiência cardíaca, desidratação hipotônica, secreção inapropriada de hormônio antidiurético, em neuropatias com perda de sódio e em estados de hipoadrenalismo.
Exames relacionados: Potássio, uréia, creatinina.

Sinonímia: Na urinário.
Material: Urina. Volume mínimo: 10,0 mL.
Colheita, conservação: Manter a amostra sob refrigeração.
Preparo do paciente: -
Método: Fotometria de chama
Interferentes: -
Valores normais: 40 a 220 mEq/L; varia com a dieta (40 a 220 mol/L).
Interpretação: O teste é útil na avaliação do equilíbrio hidro-satino. Importante no diagnóstico diferencial oliguria pré-renal (Na urinário inferior a lO mEq/L e renal (Na urinário superior a 10 mEq/L. S6dio urinário elevado pode estar presente na insuficiência adrenal, acidose tubular renal, diureticoterapia. A quase totaliza-se do sódio recebido pelo organismo é, em condições normais, excretado pelos rins. Melhor informação pode ser obtida pela medida da fração de excreção do sódio - FENA (9ó do sódio filtrado que é excretado). Talmedida implica na determinação do sódio urinário e mais sódio sérico, e creatininas urinária e sérica. Em condições normais a FENA varia de 0,5 a 1,0º~ó.
Exames relacionados: Potássio urinário, depuração de creatinina.

Sinonímia: TGP, SGPT, alanina amino-transferase, ALT.
Material: Soro. Volume mínimo: 1,0 mL.
Colheita, conservação: Se o exame não for realizado no mesmo dia, refrigerar a amostra.
Preparo do paciente: Jejum de 4 horas.
Método: Automatizado, em UV.
Interferentes: Lipemia excessiva e hemólise.
Valores normais: Sexo masculino: até 22 U/L. Sexo feminino: até 17 U/L.
Interpretação: O teste é útil na avaliação de hepatopatias. É teste sensível de lesão hepatocftica e recomendado como teste de rastreamento de hepatite. Aumentos de TGP podem ocastonatmente 86r vistos em doenças extra-hepáticas, como miopatias. Mas outras enzimas como CPK, DHL, aldolase e TGO podem definir o estado de miopatias. A TGP é menos sensível que a TGO para avaliação de hepatopatia alcoólica.
Exames relacionados: TGO, fosfatase alcalina, gama-GT, bilirrubinas.

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